quarta-feira, 11 de agosto de 2010

mais sobre cães


Hoje amanheci psicóloga. Tem dias que são assim. Não entendo direito como isso acontece. Só sei que acontece.

Já acordei com celular...amigo: vamos almoçar? tô mals...preciso conversar. Eu: ok.

Meu ap está passando por pequena reforma. Pequena mesmo. De qualquer maneira, a bagunça é inevitável. Não curto ficar na bagunça, então deixei 'Seu' Vilmar por aqui trabalhando e fui ao almoço.

Amigo acabou de passar por um namoro intenso. Tudo muito rápido. Da paixão ao fim. Ele sem entender nada. O ouvi. Comi a salada. Prestei atenção na estória. Devorei a tortinha de shitake. Ele ainda falando. Pedi um café.

Ele tem medo de ficar só. Solidão, para ele, tem um sentido ruim. Muito ruim. Chega a ser insuportável.

Eu o ouvia e lembrava de um programa que vi na tv há uns dias, o Dr. Pet.

Nesse programa, o tal psicólogo de cães, dá soluções muito interessantes para melhorar comportamento dos bichinhos.

No episódio que vi, ele tratava um cão que tinha medo absurdo de fogos de artifício.

O bicho já havia associado os fogos aos dias de jogos de futebol e, bastava alguém gritar 'gol' que seu batimento cardíaco disparava e ele saía correndo para se esconder.

Para tratá-lo desse medo, o Dr. Pet começou a associar coisas boas a esses momentos tensos. Brincando com bolinha ou dando um petisco ao cão no momento que gritavam gol ou simulavam barulhos de fogos.

Bem....penso que não somos muito diferentes dos nossos amigos caninos. Conseguimos perceber um medo sem sentido, mas muitas vezes, mesmo tendo consciência, não é possível controlar esse medo.

Disse ao meu amigo: o que você gosta muito de fazer? Ele sem entender direito: ah, várias coisas.

Sugeri a ele um treinamento. Que cada vez que sentisse esse medo, ali sozinho em casa, experimentasse algo que gosta muito. Pode ser um doce. Pode ser jogar um game. Pode ser ouvir música. Tem tanta coisa!

Agora é esperar.

Um cão, somente com orientação, sem treinador, não conseguiria.

How about us?

3 comentários: